Higiene Ocupacional

A higiene ocupacional é responsável pela realização de estudos para identificação dos riscos existentes no ambientes de trabalho que podem afetar a saúde do trabalhador, bem como promover medidas preventivas e corretivas afim de assegurar a saúde dos trabalhadores.

Estes estudos se dão por meio de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes, em um determinado ambiente de trabalho.

A antecipação:  consiste em identificar o risco e seus potenciais e a introduzir das medidas de controle necessárias, antecipando-se a exposição ao risco ambiental, preservando a saúde dos colaboradores envolvidos.

O reconhecimento: Esta etapa envolve a identificação qualitativa e a explicitação, dos riscos existentes nos ambientes de trabalho. As informações necessárias nesta etapa são: A identificação, a determinação e localização das possíveis fontes geradoras, trajetórias e meios de propagação, caracterização das atividades e do tipo de exposição, identificação das funções, determinação do número de trabalhadores expostos ao risco.

Analisar as atividades através de inspeção “in loco”, registrando os dados verificados. Estas avaliações poderão ser objeto para estabelecer medidas de controle aos riscos identificados.

A avaliação: Nesta fase é realizada a avaliação quantitativa dos riscos, onde é possível identificar se os mesmos estão dentro ou acima dos limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 ou previstos na ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists.

A avaliação quantitativa pode ser realizada para agentes de risco como: calor, ruído, produtos químicos, vibrações e outros.

As avaliação devem ser realizadas seguindo rigorosamente os procedimentos determinados para cada risco, sob pena de não ter validade uma avaliação que segue os padrões determinados.

Após a realização das avaliações quantitativas é necessário tomar medidas para controlar os riscos identificados, propondo medidas que sejam suficientes para a eliminação, a minimização, ou controle dos riscos ambientais de forma que os mesmo não venham a afetar a saúde dos trabalhadores envolvidos.

As medidas tomadas devem preferencialmente seguir a seguinte hierarquia:

Medidas de caráter coletivo: visam eliminar ou reduzir a formação de agentes prejudiciais à saúde, prevenir a liberação ou disseminação dos agentes no ambiente de trabalho, reduzir os níveis ou concentrações desses agentes no ambiente de trabalho.

Medidas administrativas: são medidas normativas de organização do trabalho, de modo a eliminar ou reduzir a exposição a riscos ambientais.

Medidas de caráter individual: são medidas que regulamentam a aquisição, distribuição e utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (E P I’ s).

Os riscos ocupacionais estudados pela higiene ocupacional são:

Risco físico: Formas de energia perceptíveis ao sentido humano: Ruído; Calor; Radiações Ionizantes; Trabalho sob Condições Hiperbáricas; Radiação Não Ionizante; Vibrações; Frio e Umidade.

Risco químico: Substâncias químicas que estão presentes no ambiente são classificados em Poeiras; Fumos; Névoas; Neblina; Gases e Vapores. Podemos entender os agentes químicos como todas as substâncias puras, compostos ou produtos (misturas) que podem entrar em contato com o organismo por uma multiplicidade de vias, expondo o trabalhador

Risco biológico: são os agentes que se apresentam na forma de microorganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus, entre outros.

Utilizando a higiene ocupacional é possível realizar um bom estudo do ambiente de trabalho garantindo a manutenção saúde dos trabalhadores.

Estes estudos garantem ainda que programas como PPRA, PCA, PPR, PCMSO, sejam eficientes quando implantados nas empresas.

Adriana Patricia Kosloski

Técnica em Segurança do Trabalho